Marketing e as Redes Sociais
- Editor Fosterwelt
- 8 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
As redes sociais surgiram se apresentando como um espaço para pessoas se conectarem. Uma extensão digital das relações humanas com amigos, familiares, colegas e conhecidos. Essa proposta rapidamente se transformou e atualmente as redes sociais estão entre as mais importantes ferramentas de entretenimento e marketing. No Instagram, por exemplo, vemos posts patrocinados a cada 2 ou 3 posts orgânicos. Um ambiente que a princípio seria para descontrair e acompanhar novidades de pessoas próximas, se tornou um dos principais catálogos de publicidade da atualidade.

Durante muito tempo predominou-se o marketing de massa. Panfletos, outdoors e propagandas em rádio e TV eram as principais opções de divulgação, pois o comportamento do público era diferente: a família costumava se reunir para ver novela ou para ouvir o rádio. Ao andarem de carro, as pessoas costumavam apreciar a paisagem e olhar os anúncios que ocupavam as paredes.
Hoje sabe-se que temos hábitos completamente diferentes, e a tecnologia é uma das grandes responsáveis por essa mudança de comportamento. Com isso, as empresas precisaram se adaptar e levar a propaganda para onde a atenção das pessoas está de maneira mais intensa, que são as telas dos celulares. De acordo com a AppAnnie, brasileiros passam cerca de 5,4 horas por dia olhando o celular. Com isso criou-se novas possibilidades, como segmentar e individualizar cada campanha conforme o interesse do consumi dor, mas mesmo dentro dessa personalização, até onde o usuário está interessado em consumir?
Diferente de um programa de rádio ou de TV, em que objetivo do consumidor era encontrar
entretenimento, em uma rede social a proposta era se conectar com familiares e amigos. Quando essas plataformas passam a ser usadas como fonte de entretenimento e canal de marketing, o espaço entre o público e privado torna- se mais sutil e difícil de ser separado. E com a intensidade cada vez maior de propaganda nesses espaços, não apenas gera-se uma saturação, como também o usuário perde cada vez mais a percepção de qual é o seu espaço privado, uma vez que passamos grande parte do tempo em uma “realidade digital”.
Rafael Pedroni Amorim
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